A Lei Geral de Proteção de Dados, aprovada em 2018 e que entrará em vigor em dezembro de 2020, trará profundas mudanças para o modo como as empresas lidam com os dados de seus clientes. Nesse cenário, quem trabalha na indústria deve estar atento: a adaptação da LGPD pode ser vista não só como uma forma de evitar multas, mas também de reforçar a segurança de dados em um ambiente complexo e com vários tipos de equipamentos.
Isso ocorre porque, conforme a transformação digital passa a fazer parte do dia a dia da indústria, maior é a necessidade de os gestores manterem os seus registros digitais bem protegidos. Soluções como as de Big Data e da Internet das Coisas tornaram os registros digitais mais valiosos e, nesse cenário, vazamentos podem ter um grande impacto nas receitas da empresa.
Quer saber mais sobre o tema e como a LGPD afetará o ambiente das indústrias? Então, leia este post!
Por que investir em segurança digital é importante?
A segurança de dados está se tornando um investimento estratégico para qualquer negócio. Com a transformação digital tornando informações virtuais um ativo estratégico e inserindo a tecnologia no core business de companhias de vários setores, qualquer ataque pode causar grandes prejuízos.
A indústria do século XXI, por exemplo, tem nas soluções de TI as bases para ser mais eficiente e livre de erros. A internet das coisas, os robôs e softwares de gestão auxiliam os gestores a entregar melhores resultados sem comprometer seus custos.
Justamente por isso é importante que o gestor se prepare e crie um ambiente em que as informações possam circular sem a interferência de terceiros. Ataques como o roubo de dados e de ransomwares conseguem gerar perda de produtividade, vazamento de informações de terceiros e perda de clientes. Além disso, a companhia ficará sujeita a processos legais, que prejudicam a sua marca e impedem a conquista de novos consumidores no futuro.
Como a LGPD se insere nas discussões sobre segurança de dados?
Compreender a Lei Geral de Proteção de Dados é algo crucial para quem pretende investir de maneira estratégica em segurança de dados. A LGPD foi responsável por criar uma base legal para os processos de segurança digital de empresas, auxiliando os gestores a terem uma política de segurança de dados e privacidade mais robusta e moderna.
Em outras palavras, a nova legislação orienta as empresas com um conjunto de procedimentos de segurança básicos e que devem ser comuns a todos os empreendimentos que lidam com dados pessoais (ou seja, registros que permitam a identificação direta ou indireta de pessoas) em território nacional. Isso vale tanto para as companhias públicas quanto as privadas.
Portanto, todos os processos de segurança digital devem ser pensados com base na LGPD. Assim, a companhia poderá ter mais resguardo legal sobre suas rotinas de manuseio de informações e, ao mesmo tempo, evitar multas e prejuízos com processos legais.
Quais mudanças o negócio deve realizar para estar alinhado com essa lei?
A LGPD, como apontamos acima, trouxe uma série de mudanças para o modo como as empresas lidam com dados de terceiros. Dessa forma, é importante conhecer como essas alterações afetarão as políticas de privacidade e segurança de dados para se adaptar com mais agilidade e sem riscos. Veja os pontos principais dessa legislação:
- mais autonomia para o usuário — sempre que o cliente desejar, ele poderá solicitar que a empresa remova, mostre, deixe de utilizar, complemente ou corrija suas informações particulares;
- quando for cabível, a portabilidade dos dados de clientes deve ser garantida;
- a coleta, o uso e o compartilhamento de dados só podem ser realizados com o consentimento explícito do usuário;
- as empresas devem listar, em suas políticas de privacidade, para quais fins realizam a coleta de dados de terceiros;
- caso exista alguma mudança na finalidade do uso ou compartilhamento de registros pessoais, uma nova autorização deverá ser feita;
- se qualquer processo que envolve a coleta de dados levar a uma decisão automatizada, o usuário pode solicitar uma revisão humana do procedimento (por exemplo, rotinas de análise de crédito);
- dados de menores de idade só podem ser coletados com o consentimento de seus responsáveis legais;
- qualquer serviço que envolva o uso de dados sensíveis deve, sempre que possível, praticar a anonimização dos registros (remover qualquer ponto que permita a identificação de uma pessoa);
- em caso de vazamentos, as empresas são obrigadas a informar as autoridades competentes sobre o ocorrido em tempo hábil.
Quem ignorar essa regra está sujeito a processos legais e multas. As punições vão de um alerta até multa equivalente a 2% do faturamento da empresa (ou R$ 50 milhões de reais, o que for menor). Em alguns casos, o governo poderá interromper, parcial ou totalmente, as atividades que envolvam o uso de dados de terceiros.
Como um ERP pode auxiliar na adaptação à Lei Geral de Proteção de Dados?
O sistema de gestão integrada é uma solução de TI que deve fazer parte do dia a dia de qualquer empresa que pretenda ser moderna, ágil e conectada com as demandas do mercado. Por ser uma solução que centraliza dados e auxilia no aumento do nível de automação da cadeia operacional, o ERP pode tornar a empresa mais ágil, alinhada com as demandas de seus clientes e com mais controle sobre seus dados.
Isso ocorre porque um ERP adaptado à LGPD permitirá que a indústria tenha dados mais protegidos, controlados e íntegros. O gestor de TI conseguirá definir regras de acesso e uso de modo simplificado, evitando que as informações percam a sua integridade ou que haja vazamentos. Dessa forma, será muito mais fácil para a companhia garantir que a segurança digital seja mantida em um nível elevado.
A segurança de dados é algo que importa a todo negócio. Do comércio à indústria, é fundamental que investimentos sejam realizados para impedir que a integração de soluções de TI no dia a dia da empresa cause brechas de segurança e comprometa suas operações.
No ambiente industrial, por exemplo, isso está se tornando uma grande preocupação para os gestores. Além da aprovação de leis como a LGPD, a cadeia operacional de companhias desse setor está se tornando mais automatizada e movida a dados digitais. Portanto, investir em processos que garantam um elevado nível de segurança de dados é algo crucial para impedir a perda de competitividade e eficiência a médio e longo prazo.
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