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Importância estratégica de cloud computing cresce nas áreas de negócios

Relatório da Capgemini revela transferência da responsabilidade pela adoção da nuvem da TI para o negócio e destaca a cautela das empresas ao navegarem num mar de complexidade e incerteza

 A Capgemini fechou o cerco quanto a adoção de cloud computing em todo o mundo e mostrou algo que estava bastante claro há um tempo: a escolha por mover a empresa para a computação em nuvem está cada vez mais nas mãos das áreas de negócios. O relatório “Business Cloud: The State of Play Shifts Rapidly – Fresh Insights into Cloud Adoption Trends” entrevistou 460 líderes de TI e diretores de importantes empresas, e buscou levantar novas percepções sobre a tendência de utilização da nuvem.

Em relação à afirmação acima, 76% dos entrevistados afirmam possuir uma estratégia formal quanto a cloud computing, sendo que o resultado por quem toma a decisão de mover para o ambiente de nuvem é bastante diversificado: na América do Sul, 49,9% dos entrevistados afirma que a decisão é da área de negócios, contra 41,6% da TI, cenário bastante semelhante ao da América do Norte – 48,9% e 42,6%, respectivamente.

Já na Europa, Oriente Médio e África (EMEA, da sigla em inglês) e na região Ásia-Pacífico (APAC), as rédeas das decisões estão na mão dos departamentos de TI e CIOS – 46% e 51,6%, respectivamente.

Aliás, 88% das companhias afirmam que as atuais “condições climáticas da economia” estão sendo os principais motivadores para a migração para a nuvem. Quando questionados sobre o nível de maturidade, 17% responderam que estão “perto da maturidade”, 64% afirmaram que estão em processo de maturidade, 14% são early adopters e apenas 5% estão embarcando na jogada da nuvem.

Mesmo com o cenário parecendo bastante encaminhado, os respondentes deixaram claro que não há, de fato, certeza sobre quem deve ser o principal responsável pela adoção das iniciativas voltadas à nuvem dentro da organização. O Conselho Executivo é visto tanto como motivador (29%) quanto como obstáculo (28%), o que sugere que, em muitos casos, a utilização de cloud computing ainda esteja sendo adiada devido à falta de conhecimento e comprometimento da alta direção das empresas, afirma o relatório da Capgemini.

“A adoção da plataforma, do ponto de vista da empresa, deve trazer uma grande mudança e assumir uma função cada vez mais estratégica na instituição, fenômeno conhecido como Business Cloud. A adoção de soluções em cloud está deixando de ser uma iniciativa da área de TI, ficando a cargo da unidade de negócios, à medida que as organizações passam a visar um valor mais tangível para o seu negócio”, afirma, em comunicado, Ron Tolido, vice-presidente e diretor de tecnologia de aplicativos da Capgemini para a Europa Continental. “A nuvem se tornou rapidamente uma nova referência em termos da disponibilização de soluções fáceis, rápidas e flexíveis às empresas, promovendo o trabalho conjunto da TI com o negócio de uma maneira totalmente nova.”

No entanto, a migração para a nuvem está sendo afetada pela contínua preocupação acerca de sua adoção, uma vez que mais de 40% dos respondentes citam o seu receio em termos de segurança como um impedimento para assumir a nuvem, enquanto 56% afirmam que confiam na plataforma para armazenar dados .

Mais de um terço (35%) também citou o problema da propriedade dos dados, devido à localização física dos dados armazenados em cloud, como uma importante barreira à adoção, principalmente nas regiões da Europa, Oriente Médio e África – no Brasil, como sabemos, ainda falta a definição de um modelo de propriedade, por mais que algumas exigências, principalmente de instituições financeiras, exijam que as informações fiquem em território nacional.

Consequentemente, o relatório destaca que 40% das companhias preferem soluções em nuvem privada, externas e hospedadas por uma empresa parceira, e 26% afirmaram preferir soluções internas de nuvem privada.

Diante da preocupação com segurança, gestão, qualidade do serviço e cumprimento da lei, as empresas, ressalta o estudo, estão agindo com cautela na adoção de soluções baseadas em cloud, dando um passo de cada vez e migrando só áreas ou aplicativos específicos – e apenas quando necessário. À medida que buscam trabalhar com provedores especialistas, que atendam às necessidades de departamentos ou cargos específicos, a maioria das instituições (72%) está trabalhando, ou planeja trabalhar, com mais de um fornecedor.

Grande parte da migração para a plataforma engloba, contudo, novos aplicativos utilizados pelas áreas “de ponta” da empresa, e não aplicativos legados. Como 78% das organizações têm como alvo novos aplicativos, fica claro que a tecnologia em nuvem está levando a uma mudança real nas grandes companhias no mundo inteiro. Migrar aplicativos legados pode ser caro e não trazer os benefícios que as empresas buscam, mas migrar novos aplicativos possibilita uma resposta mais rápida das organizações diante das demandas e da pressão da concorrência, criando agilidade e diferenciação dentro da instituição.

Como resultado, o relatório destaca a necessidade de uma abordagem mais ‘orquestrada’ com o cloud, conforme as empresas tentam lidar com o crescente ecossistema de prestadores de serviços, plataformas e soluções baseadas na nuvem.

Cloud computing no Brasil

A pesquisa sobre cloud computing realizada pela Coleman Parkes Research, feita sob encomenda da Capgemini, apontou os seguintes dados sobre o assunto no mercado brasileiro:

– Entre 71% das empresas que participaram da pesquisa, mais de 60% indicam preferência pela nuvem privada, sendo esse número mais baixo do que no Brasil (61%);

– Os dois principais acontecimentos ou motivos que levam as empresas a optar pela nuvem são os mercados e territórios em desenvolvimento (52% no Brasil) e um novo aplicativo (32%);

– 67% das empresas no Brasil (57% em comparação ao total em todo o mundo) relatam que, em termos de aplicativos voltados ao usuário, os aplicativos para desktops consumirão serviços na nuvem, enquanto 28% mencionaram os aplicativos de busca e 26% os aplicativos móveis – este último número deve mudar no médio prazo;

– Entre as empresas brasileiras que conhecem a plataforma Microsoft Windows Azure, os principais benefícios citados quanto à adoção da tecnologia foram “velocidade” (46%), “gestão e monitoramento” (46%) e “preferência do fornecedor por mais produtos” (46%);

– Os maiores obstáculos para a utilização da nuvem pelas empresas no Brasil são: “medo relacionado às falhas na segurança” (mencionado por 52% das empresas), “encontrar o parceiro certo” (38%) e “falta de integração” (36%). Apesar de diversos obstáculos mencionados, apenas um foi citado por mais da metade das companhias;

– Em termos de proporcionar tranquilidade, as empresas brasileiras priorizam o desenvolvimento e a gestão de SLAs do integrador de sistemas (62%), e não do fornecedor das soluções em nuvem (38%);

– 42% das empresas no País afirmam que confiam na colocação de dados na nuvem; 58% veem a nuvem como opção para a racionalização de aplicativos e 92% são mais propensas a migrarem novos aplicativos para a nuvem em vez dos aplicativos existentes. 52% das instituições brasileiras (de acordo com um total de 52%) concordam que “as pessoas escolhem o que conhecem e confiam”;

– Entre as empresas que participaram da pesquisa, espera-se que 25% aumentem o seu investimento em soluções em nuvem no próximo ano e o Brasil espera um aumento de 21%, ligeiramente abaixo do padrão. 14% das organizações brasileiras não pretendem aumentar o seu investimento em soluções em nuvem em 2013.

Fonte: http://informationweek.itweb.com.br/noticias/page/2/