O agronegócio é um dos setores que, aparentemente, já saiu da crise econômica. Segundo dados do IBGE, o valor bruto da agropecuária, por exemplo, ultrapassou 2016 em 1,6%, com um total de R$533,5 bilhões. A produção nas lavouras também cresceu, em 5,5%. Já a pecuária diminuiu em 5,8%.
Contudo, apesar dos números otimistas, pelo menos para um dos setores, alguns especialistas afirmam que, em 2018, essa produção pode cair um pouco. Então, como ganhar o mesmo montante com uma produção equivalente ou menor? Simples: utilizando um sistema ERP na gestão do agronegócio.
Sabemos que o agronegócio envolve operações internas e externas de alta relevância, como a exportação de itens a diversos outros mercados consumidores. Por isso mesmo, precisa de um sistema de gestão automatizada de alta qualidade, capaz de acompanhar a versatilidade dos trâmites e proporcionar maior segurança ao gestor.
Então, se você já se interessou apenas lendo as vantagens citadas até aqui, continue com a gente e entenda por que um ERP é importante na gestão do agronegócio!
O que é um ERP
Para começar. vamos definir o que é o ERP (Enterprise Resource Planning ou Planejamento dos Recursos da Empresa). Grosso modo, ele nada mais é do que um sistema de gestão dos dados de toda a empresa ou negócio.
É como se cada parte ou área do seu empreendimento estivesse ligada ao computador, e a um sistema. Esse sistema interconecta os dados vindos de todas as áreas, desde recursos humanos, fluxo de caixa e contabilidade a estoque e operação — enfim, tudo o que você possa imaginar.
Assim, os painéis do ERP podem funcionar como um retrato do dia a dia na sua lavoura. Com esses dados em mãos, e de forma integrada, você pode fazer uma análise muito mais correta para tomada de decisão e perceber onde estão os erros na sua cadeia de valor.
O uso do ERP na gestão do agronegócio brasileiro
De fato, o Brasil é uma potência no que diz respeito ao agronegócio. Ele corresponde a 20% do atual PIB Nacional, mesmo sem o apoio do Governo em construções de estradas melhores para o escoamento da produção.
Em um passado não muito distante, ainda tínhamos que importar comida para alimentar os brasileiros — hoje, exportamos.
Ainda assim, existem coisas, como o que depende do governo, que você não pode controlar diretamente. Então, por que não investir em um sistema que te auxilia a controlar o que é seu, como está a sua produção e distribuição? Certamente, o valor do investimento retornará no médio ou curto prazo.
O setor necessita mesmo de tecnologias avançadas, que contribuam para a gestão do negócio, projeção do mercado, redução de custos, tomada de decisões e gerenciamento de riscos, evitando as possibilidades de prejuízos.
Mas, quando falamos em tecnologia avançada, não quer dizer que ela não tem uma boa usabilidade. Um bom ERP permite que o gestor satisfaça as necessidades de controles operacionais nas diferentes atividades agrícolas.
E como os ERPs são formados por módulos, o gestor poderá adquirir, a princípio, os mais importantes para que o seu negócio cresça. Gradualmente, ele comprará mais módulos, conforme as suas necessidades.
As vantagens de implementar um ERP
Algumas vantagens são tão óbvias que pode, te fazer pensar “Por que não pensei nisso antes?”A verdade, contudo, é que sem um sistema de gestão elas tomariam muito mais tempo de realização.
Em primeiro lugar, por que não transformar passivos (equipamentos) em algo que gere apenas lucro, como os ativos? A ideia é alugar uma máquina que ficaria ociosa algum tempo para gerar renda e reverter esse dinheiro para pesquisa e desenvolvimento, por exemplo.
E esse é só uma das possibilidades para utilizar as informações que o sistema te fornecerá para gerar renda.
Outro exemplo é a empresa alemã SAP, líder mundial de sistemas de gestão, que já desenvolveu uma versão de ERP voltada para o agronegócio. Com esses módulos, é possível controlar os setores de sementes que devem ser plantados, o armazenamento de rações, grãos, fertilizantes e receituário agronômico.
Outra vantagem é a negociação em outra moeda. Como parte dessa produção é vendida para fora, é muito mais fácil negociar ao saber o câmbio correto. E o sistema ainda permite uma customização para que a legislação em vigor no local seja considerada.
Os módulos importantes para o agronegócio
É bom lembrar que os módulos podem trabalhar juntos, então, quanto mais completa for a sua solução, melhor será o desempenho. Entre os diversos módulos de um bom ERP que oferecem vantagens ao gestor de agronegócio, podemos citar os seguintes:
Planejamento
Esse módulo pode fazer a diferença entre o sucesso, ou não, da colheita, pois os softwares oferecem informações detalhadas sobre cada tipo de produção. Assim, a tomada de decisão é mais ágil.
Qualidade
Um dos principais módulos, esse controla o processo de qualidade desde a entrada da matéria-prima. Controla também os procedimentos de transformação, que são essenciais para oferecer um produto final conforme as exigências do mercado e do cliente.
Vendas/exportação
Em relação à parte de vendas, é possível controlar, mensurar e rastrear tudo, desde o surgimento das oportunidades de vendas e da emissão dos orçamentos até o faturamento e a emissão das notas fiscais aos clientes.
Também, esse módulo permite o monitoramento de vendas, ajuda na precificação dos produtos e na sua listagem, e fornece relatórios de compras, vendas e contratos.
Estoque
Permite o gerenciamento de estoque e de operações como separação, empacotamento, entrega e faturamento. Também é possível integrar os coletores de dados para tornar mais ágil a movimentação dos materiais, bem como controlar séries, lotes e itens.
Produção e MRP
As ferramentas de planejamento e controle de produção permitem que sejam dadas respostas rápidas às demandas. Com os painéis de controle, o gestor pode acompanhar e monitorar cada etapa da sua produção, sendo mais preciso quanto à quantidade do que será produzido e às datas de entrega.
Controle Financeiro
Não adianta nada controlar tanto a sua produção se não houver controle dos gastos. Aliás, um fluxo de caixa bem alinhado é importante até para realizar negociações de venda que não estavam programadas. E controlar o estoque também ajuda a saber como vai a saúde financeira da sua empresa.
Bom, além desses módulos, existem ainda outros importantes, como:
- Manutenção;
- Compras;
- CRM;
- Serviços;
- Bancos;
- Mobilidade;
- Fiscal.
Enfim, se não ficou provada a importância de um ERP na gestão do agronegócio brasileiro com este post, passamos muito perto, não é? É bom lembrar que estamos em uma era de transformação digital, logo, uma empresa que não se renova deixa de ser competitiva e não encontra mais lugar no mercado.
Agora, se ainda sobraram dúvidas sobre os sistemas e módulos ou outro assunto relacionado, entre em contato com um dos nossos especialistas! Ficaremos felizes em te ajudar.